Em 1995/1996 foi efetuado um primeiro trabalho de levantamento e caracterização biométrica dos bovinos Ramo Grande, com vista à definição do padrão e ao reconhecimento desta população como raça autóctone. Nesta altura foi instituído o Registo Zootécnico da Raça Bovina Ramo Grande e aprovado o respectivo Regulamento.
A partir daí, o efetivo foi aumentando de forma progressiva graças às medidas que entretanto foram tomadas pelos serviços oficiais no sentido da sua preservação, como sejam: as diversas acções de identificação, registo de genealogias e classificação morfológica, os incentivos aos criadores no âmbito dos pagamentos agro-ambientais, a organização de concursos e exposições pecuárias. Desde logo, e atendendo à pequena dimensão e isolamento dos núcleos existentes, bem como à sua dispersão por várias ilhas, se procedeu à recolha e congelação de sémen de touros cedidos por criadores particulares, de modo a possibilitar a utilização da raça em inseminação artificial.
Cumulativamente, a necessidade de recorrer às juntas de bois ou vacas, nalguns locais mais inacessíveis de algumas ilhas, para o trabalho dos campos, e, sobretudo, ao papel preponderante que estes bovinos desempenham nos cortejos etnográficos e nas festas tradicionais dos Açores, enquanto património genético e cultural inestimável (único), contribuíram para a sua salvaguarda.
Atualmente, a raça conta com 1287 fêmeas e 74 machos inscritos no Livro de Adultos do Livro Genealógico, num universo de cerca de 252 criadores/explorações.